terça-feira, 31 de março de 2009

Ah... o Rio!


O Rio de Janeiro não deixa nada a desejar no quesito beleza, não é mesmo? E não estou falando exclusivamente da Zona Sul ou de seus pontos turísticos. Aqui até as favelas compõem a paisagem de maneira muito interessante. Os botecos sujos têm a sua graça, os sobrados ecléticos da Lapa todos caindo aos pedaços são um charme (eu moraria em um deles sem pensar duas vezes).
Mas é mesmo uma pena que um lugar tão lindo tenha adquirido tão péssima fama tamanha a violência. E não é pra menos. Há dois dias uma menina foi assassinada sem mais nem menos no Centro do Rio. Menina nova, bonita, saudável, de bom caráter, e que estudava pra ser alguém na vida. Ler a notícia chega a dar desgosto. Esses caras não simplesmente tiraram uma vida, eles acabaram com toda uma história! História essa que, no caso, já durara 25 anos e que podia durar mais um 50, 70, vai saber. E pelo quê???
É difícil dizer que esses marginais não são culpados. Mas a verdade é que eles não foram criados para ter amor ou respeito pelo próximo, porque também nunca foram respeitados. O meio onde vivem os torna pessoas frias perante a morte. A vida pra eles é lixo. E não existem medidas imediatas a se tomar para que essa pessoa passe a ter mais carinho pela vida, então o que acontece?? Vão pra cadeia, claro! Mas adianta?
O custo mensal para se manter um presidiário é de, em média, 1,7 mil reais. 1,7 mil reais pra quê? Tem muita família por aí que não ganha nem perto disso! E os marginais ainda saem de lá MUITO piores do que voltaram. Eu concordo que um cara que matou, estuprou, roubou, deva receber punição sim. Mas essa punição deve vir com um programa de ressocialização do indivíduo. Se não do que adianta?
Além do mais, sou absolutamente a favor de colocarem eles pra trabalhar, pra pagarem por aquilo que custam ao governo. Fora oficinas de profissionalização para ensinarem aos presidiários um ofício. Sei que muitos roubam por maldade mesmo, mas muitos roubam quando estão no auge do desespero, desempregados e sem ter o que comer nem o que dar para a sua família. Quando ele for solto vai continuar sem um emprego, certo?? Então isso acaba virando um ciclo vicioso.
Bom, o objetivo do blog não é criticar os métodos aplicados pelo governo aos presidiários. Apenas me empolguei tamanha a minha revolta. Desculpem.

Mudando de assunto:

Os cariocas são vistos como pessoas festeiras, praieiras, bronzeadas, de bem com a vida e até vagabundos! É uma imagem que transmitimos ao mundo. Há um tempo trabalhei em uma agência de turismo em Copacabana e não tinha se quer um gringo que acreditasse que sou carioca. Sempre perguntavam se sou européia, só por que sou branquela e não curto praia.
Bom, eu acho que o fato de nascermos em uma cidade onde supostamente todos gostam de praia, não nos torna uma pessoa esquisita por não gostarmos. Mas o que eu acho não importa! O que importa é a opinião da maioria e a maioria acha que sou doida. Existe muito mais motivos pra me acharem doida, acredite! Por exemplo: Não sei usar guarda-chuva, gosto de café amargo e não escuto direito quando uso óculos escuros. É, eu sei! Mas é verdade! Não escuto mesmo. Mas sou uma pessoa normal. Estudo, trabalho e estudo mais um pouco como todos nós.
Mas é um carma! Nós, cariocas, temos que agir como “cariocas” só pra parecermos legais e não quebrar a corrente. É o nosso destino!
Bom, gente, o post já ta grande e é provável que ninguém vá ler, então vamos encerrar por aqui até eu pensar em algo que realmente interesse.
Mil beijocas!