quinta-feira, 24 de junho de 2010

É LEGAL MAS É INÚTIL


Algumas pessoas, apesar de não terem aquela chatíssima mania de guardar da qual já lhes falei, não conseguem se livrar de algumas inutilidades, simplesmente por ser algo fofo, bonitinho, divertido, por guardar alguma lembrança, por ter sido dado de presente, dentre outras razões emotivas.
Eis que seguem alguns exemplos dessas coisinhas:

Mini garrafinhas de bebida! São fofas não é mesmo?? E você não as compra com o intuito de consumir o líquido. Se este fosse o objetivo, compraríamos as de tamanho normal, que sairiam até mais baratas. Então você adquire a bendita da garrafinha e faz o que com ela?? (já pensaram besteira, né?) Absolutamente nada! Eu tentei colocá-las no bar de casa, mas elas se perdem no meio das grandonas. Além de não formar uma composição nada interessante, caracterizou-se por mais um aglomerado de bibelôs que só servem para acumular poeira e tornar a limpeza do local mais chata e demorada (como todo bibelô que se preze).

Outro exemplo é o porta-caneta que só comporta UMA caneta. Não tem muito tempo que, passeando pelo shopping, me apaixonei por uma galinha-porta-caneta. Era linda, gorda e amarela! Não tinha como não comprar. Enfim... hoje ela está na minha mesa do escritório do lado de um porta-canetas lotado de canetas. Mas só uma tem o privilégio de ser enfiada na galinha. Ai vocês me perguntam: “Pra quê???” Pois é! Eu também não sei! Só sei que não tem como me desfazer dela por ser linda, gorda e amarela.

O próximo exemplo é uma saboneteira de espinha de peixe. Tava lá na prateleira da Imaginnarium, e quando me dei conta já estava na minha casa. Sim! Na minha casa, porém dentro do armário. Quem diabos vai querer uma saboneteira que deixa o sabonete escorrer todo pela pia?? Pronto! Mais uma coisa sem utilidade atafulhada no armário.

Bichos de pelúcia! Estes se referem a uma aquisição da vida inteira. Toda menina adorava, ou adora, bichos de pelúcia. Mas chega uma certa idade que não dá mais pra ficar disputando espaço na cama com tantos animaizinhos coloridos. Isso sem contar que a gente cresce e não tem mais como manter aquele quarto ridículo de criança. O que fazer?? Doar!!!
Legal! Vamos doar! Peraí! Esse aqui não porque foi fulaninho que me deu. Esse também não porque foi ciclaninho. Esse não porque eu adoro. Esse não! Esse também não!
No final das contas você doou alguma coisa?? Nem eu. Foi tudo parar em cima do armário dentro de sacos pretos. Praticamente uma desova.

Adesivos! São tão legais! Além dos que a gente comprava, ainda vinham alguns naquelas revistas de adolescente. Mas eu nunca tive onde usar esses adesivos. Sempre achei ridículo colar adesivos em qualquer coisa! O único adesivo que tenho no carro é o da troca de óleo. Sendo assim, todos esse adesivos legais, colecionados durante a infância, estão hoje encostados numa gaveta, ficando amarelados e perdendo a cola.

Mais um exemplo é aquele suporte de livros que faz parecer que os livros estão flutuando. Comprei aquilo tem mais de dois anos e nunca pendurei em lugar nenhum. Até pode ser legal para quem tem poucos livros e nenhuma prateleira para colocá-los, mas eu tenho MUITOSSS livros. Não faz o menor sentido deixar uma porrada de livros nas prateleiras e pendurar esse treco do lado com apenas meia dúzia deles.

Essas experiências de aquisições por impulso que, depois, se mostram inúteis foram até boas pra mim. Hoje, mesmo que eu ache algo muito legal, reflito sobre onde vou colocar e se terá mesmo uma utilidade ou se vai só ficar acumulando poeira ou ocupando espaço no armário. Na maioria absoluta das vezes acabo não comprando.
E vocês?? Também têm alguma coisa inútil da qual não conseguem se livrar?

5 comentários:

  1. Tenho tantas que nem sei por onde começar... Um bom exemplo é minha coleção de carrinhos que deve estar em algum lugar da minha casa, possivelmente dentro de uma caixa. Mais uma vez, adorei !!!! bjssss

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  2. Eu tenho um armário repleto de inutilidades. Um dia vou ter uma casa, e nela, um quarto com prateleiras e mostruários. Vou classificar os objetos e explicar seus sentidos a quem vier me visitar.

    O quarto vai se chamar "museu do meu eu".

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  3. Somos convencidos a gastar mais dinheiro em coisas desnecessárias... Se não há valor afetivo em algo inútil, eu me desfaço dele.

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  4. Hahaha! Muito boa, Davi!
    Pena que esse não dá pra jogar fora. rs

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