Já há um tempo
eu venho pensando em temas para continuar escrevendo no blog. Cheguei a pensar
em postar alguns experimentos culinários, mas depois lembrei que existem tantos
sites de receitas... nenhum de fato interessante. Eu mesma só entro quando
tenho que procurar alguma receita específica. Digito no Google, abro alguns
sites e vejo qual receita se enquadra mais com o que pretendo fazer. Nem gravo
o nome do site.
Foi então que
ontem, sentada em um restaurante/barzinho próximo de casa me ocorreu que eu
gostaria de fazer críticas gastronômicas. E ali mesmo resolvi começar.
Então a minha
primeira experiência vai para o Restaurante Bom Senso, no Grajaú.
Espera! Vamos
do começo. Saímos de casa nesta terça feira de carnaval rumo ao Bar do Adão.
Chegando lá nos deparamos com um carro em frente ao bar tocando algumas
marchinhas totalmente distorcidas e com um volume absolutamente insuportável, o
que nos fez dar meia volta rumo ao Enchendo Linguiça. No caminho lembramos do
Tapas y Besos, no qual havíamos ido há um tempo e mudamos novamente nosso
destino. Pouco antes de chegar ao Tapas y Besos, avistamos do outro lado da rua
o Bom Senso. Um simpático restaurante que estava relativamente cheio e tinha
uma decoração aconchegante. Arriscamos.
Sentamos do
lado de fora e pedimos o cardápio de comida, que deve ter chegado uns 15
minutos depois. No cardápio de bebidas tinha alguma variação de cervejas
artesanais. No restaurante mesmo, nem tantas e o garçom não entendia nada sobre
o assunto. Mas isso já é comum no Brasil, né... Irrelevante. Aliás, existem
bares só de cerveja artesanais onde os garçons não sabem nada sobre cerveja.
Botto Beer, por exemplo. Mas vou parar de desviar do assunto.
Voltando um
pouco, logo que chegamos no restaurante, uma família, aparentemente vindo de um
bloco, estava fazendo muito, mas muito barulho. Mas não vou começar a discorrer
sobre a falta de educação do brasileiro, senão vira outro post.
Assim que
vagou uma mesa na parte de dentro do restaurante, trocamos de mesa tentando
fugir do calor, o que não adiantou muito pois o ar condicionado não dava vazão.
Eles
investiram em um forro acústico (que provavelmente teria sido suficiente na
França), usaram madeira com alguns adesivos com estampa de ladrilho hidráulico no
revestimento do balcão. Ficou jeitoso, devo admitir.
O garçom que
nos atendeu estava com uma má vontade surpreendente. Precisei de muito sangue
frio pra não levantar e ir embora. Por fim escolhemos uma batata rostie com
recheio de gorgonzola e uma porção de drumet com páprica.
A
batata rostie tinha um queijo cremosos dentro, talvez com essência de
gorgonzola. Não era gorgonzola jamais! Mas o pior é que não tinha nem sal.
Quanto à textura, estava bem branco e mole. Achei que podiam ter deixado fritar
um pouco mais. Jogamos sal em cima e comemos. Não chegava a ser disgusting, u
know?
No
drumet tivemos o mesmo problema de tempero. Não tinha sal nem páprica. Era
basicamente um frango a passarinho mal temperado. Mas estava bem sequinho, o
que considero um ponto a favor. Se temperarem bem, vai ficar ótimo.
Os
preços eram bem razoáveis, mas... nada de especial sobre os pratos.
O
ponto alto da noite foi quando uma das crianças da família barulhenta se
estabacou no chão e começou a chorar. Senti meu lado Evil Queen rir por dentro.
Julguem-me.